sábado, 31 de dezembro de 2011

O LEITE LOPES E O ATRASO

RUMO Á MAIORIDADE:  Foi com este título, que o Gazeta de Ribeirão do dia 13/12/2011 noticiou:

Segundo Márcio Santiago, vice-presidente jurídico da Confederação Brasileira de Convention e Visitors Bureaux, o fator preponderante para o crescimento está relacionado à situação econômica, que facilitou o acesso de pessoas que não tinham possibilidade usar o transporte aéreo. “E a economia favorável fez com que as companhias aéreas disponibilizassem mais aeronaves e reduzissem o preço das passagens”, disse.
Mesmo saturado e com a estrutura aeroportuária de um terminal de pequeno porte, o Leite Lopes cresceu em média 9% ao mês, em meio a limitações estruturais (leia texto ao lado). “O Leite Lopes é defasado e não atende necessidade do porte de Ribeirão”, ressaltou Santiago. Este ano o aeroporto de Ribeirão recebeu cerca de R$ 10 milhões em investimentos entre licitações abertas e obras em andamento.

E, ao lado, segue-se a

ANÁLISE
Investimentos são tardios
Os investimentos feitos no Aeroporto Leite Lopes este ano não acompanharam o crescimento no fluxo de passageiros, afirmam especialistas ligados ao setor.
“O aeroporto é um indutor de investimento. Se ele não acompanha o crescimento, a economia migra para os locais com melhor estrutura”, afirmou Márcio Santiago, vice--Presidente  Jurídico da CBC e VB. O Leite Lopes deve receber este ano R$ 10 milhões de investimentos entre licitações abertas e obras já em andamento. Para Romualdo Sanches, engenheiro especialista em transporte aéreo, o investimento é insuficiente. “Temos um aeroporto defasado, que recebe  hoje investimentos que deveriam ser previstos há dez anos. Estaremos sempre atrasados desta forma”, afirmou. (LC)

O Leite Lopes cresce a uma média de 9% ao mês; já alcançou a marca de 1.000.000 de passageiros/ano; é defasado e não atende necessidade do porte de Ribeirão; temos um aeroporto defasado, quer recebe hoje investimentos que deveriam ser previstos há 10 anos; Estaremos sempre atrasados dessa forma.

Este é o resumo da noticia. Daqui a 10 anos – tempo que demora para construir um aeroporto novo na opinião da nossa prefeita, especialista em aeroportos -  vamos continuar a dizer isso, sobre um aeroporto que deveria ter sido relocado em 1995, para nova  área adequada, para poder acompanhar o crescimento da economia da região, senão ela migra para locais com melhor infraestrutura?

É inimaginável que  depois deste tipo de noticias, repetindo-se diuturnamente, ainda as chamadas elites locais, não se tenham  insurgido  contra a prefeitura e o governo do estado por não terem prontos os estudos e programado  o inicio das obras para o novo aeroporto!!! Essa passividade é muito estranha!

Em reportagem na TV, entrevistas com alguns passageiros no Leite Lopes (a menina dos olhos dos SLLQC*), demonstraram o descontentamento com esse estrupício tendo um deles informado que em dias de chuva, a empresa aérea empresta guarda-chuvas para os passageiros não se molharem desde o terminal até á entrada da aeronave. Mas que os pés vão molhados a viagem inteira, isso vão.

E sabem por que é que não tem pontes de embarque? Porque não cabem. A área do Leite Lopes é muito pequena. Não há investimento que resolva isso.

Para encerrar,

Aeroporto começa a sair do papel
Diário de Natal, 22.08.2006


Já começa a tomar forma o novo Complexo Aeroportuário da Grande Natal, que ficou conhecido por Aeroporto Internacional de Cargas e Passageiros de São Gonçalo do Amarante. O Complexo Aeroportuário está na fase de terraplanagem da pista e pouso de decolagem de aeronaves e pátio de estacionamento das aeronaves. Esta obra faz parte do primeiro módulo do Complexo, o Terminal de Passageiros que, quando pronto terá capacidade para 5 milhões de passageiros/ano. Para se ter uma idéia da dimensão, o Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, tem uma capacidade de 1,2 milhão de passageiros/ano.

Comentário: O Leite Lopes já chegou a 1.000.000 de passageiros ano, crescendo a 9% ao mês, o governo do estado e sua auxiliar-chefe – A prefeitura de Ribeirão Preto – acham que está bom assim mesmo, enquanto que o aeroporto da  cidade de Natal, com capacidade para 1.200.000 passageiros/ano, já se  iniciaram (em 2008) as obras para um novo aeroporto que possa atender, no futuro, até 5.000.000!!!!

E o aeroporto atual ocupa uma área de 1341 ha, tem 2 pistas; o Leite Lopes tem apenas uma pista numa área de 170 ha.

E a noticia continua, sobre o novo aeroporto de Natal, que vai estar pronto para a Copa:

Aeroporto-cidade

Uma vez completo, o Complexo Aeroportuário da Grande Natal em São Gonçalo do Amarante, ou seja, quando comportar tanto o terminal de passageiros, quanto o de carga, o aeroporto será o primeiro no Brasil a ter um conceito de ‘‘aeroporto-cidade’’ (existente já em outros Continentes), que em outras palavras é um aeroporto que leva em consideração - em todo seu planejamento - o entorno onde está localizado. ‘‘Há estudos dentro e fora do aeroporto, numa integração com plano diretor externo da cidade’’.

E pensar que, contrariando toda a lógica  (estrutura intelectual), contrariando a Engenharia (estrutura técnico-científica) e a física (área territorial e patrimonial  pequena sem possibilidade de expansão), os SLLQC ainda continuam insistindo em fazer o puxadinho/puxadão da pista.

Haja paciência, minha gente. Em 2012 poderemos começar a resolver este problema. Depois nos preocuparemos com 2014...

Eles fazem tudo isso porque nós os colocamos lá. Vamos nos redimir!


Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!


* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O AEROPORTO, A PREFEITURA MUNICIPAL e a LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, sob o argumento de que a Lei de Uso e Ocupação do Solo vigente (LC 2157/07) estava desatualizada, propôs a sua revogação e apresentou uma nova versão.

Segundo a Prefeitura foram feitas diversas audiências públicas conforme exige a legislação e, pronto, envia-se para a Câmara para aprovação e fica tudo legal. Na verdade não ficou.

Nas audiências públicas apresentaram o esqueleto  da proposta de lei, ouviram as manifestações dos presentes e, pronto.  Estudaram a proposta durante meses, fizeram a apresentação pública em mais de uma hora e depois “esperam” que a população em alguns minutos apresente contrapropostas, sem tempo para discussão.

Fizeram isso 5 vezes para uma população de 600.000 habitantes e em dias normais de expediente. Ou seja, um trabalhador, após uma jornada de trabalho, tem que tomar um ônibus para alcançar o local da audiência, sem banho e sem jantar.

As pessoas que compareceram devem ter apresentado questionamentos, todos devidamente anotados e filmados e, depois, é claro esquecidos. A legislação manda fazer audiências públicas mas não obriga o executivo a atender às reivindicações da população. Tudo legalzinho, conforme determina a legislação.

A Constituição Federal determina que a democracia brasileira é participativa, ou seja, não é exclusivamente representativa. Traduzindo, não é apenas o executivo e o legislativo que mandam, como era no tempo dos coronéis. A população tem que ser ouvida, diretamente e através de suas organizações sociais. Presume-se, é claro, que uma das obrigações do poder público, seria de incentivar a essa participação e para isso dar a necessária orientação e essas atitudes deveriam fazer parte do currículo escolar, para que as crianças já fossem crescendo sabendo que são pessoas e que, só por isso, têm direitos. 

Em Ribeirão Preto, além dessas obrigações, o poder executivo e o legislativo são obrigados a ouvir a Conselho Municipal de Urbanismo (COMUR) que é um Conselho Municipal. No caso especifico desta Lei, o COMUR só recebeu o texto da lei nos últimos meses e depois de analisar o documento encontrou  uma série de inconsistências e de atos legislativos que a Sociedade Civil não aceita mais, como por exemplo, loteamentos feitos sem as ruas pavimentadas.
O poder executivo deveria ter discutido com o COMUR mas não o fez.  Limitou-se a responder aos questionamentos e de afirmar se aceitava ou não. E só aceitou o  que não atrapalhava o escopo geral.

O Movimento Pro- Novo Aeroporto apresentou as suas propostas de alteração ao texto proposto, com as devidas justificativas e deu entrada protocolada diretamente na Secretaria de Planejamento, nos termos expressos do Regulamento da Audiência Pública que foi feita na Câmara Municipal.  Estranhamente essa proposta ficou perdida em alguma gaveta da Secretaria. Essa proposta já foi divulgada no blog

http://novoaeroportoribeiraopreto.blogspot.com/2011/12/audiencia-publica-para-revisao-da-lei.html 

No dia da Audiência, o Movimento tomou conhecimento de que essa proposta não tinha sido apresentada aos técnicos da Secretaria e imediatamente entregou à mesa cópia de proposta, relatando publicamente o acontecido (ato que não agradou) e questionou o fato de que na legislação estaria implícita a existência possível de apenas um aeroporto.

Anote-se a resposta do executivo:





































A resposta não condiz com a proposta feita:


Seção II

Das Áreas Especiais


Art. 6º. São Áreas Especiais:
X – Área Especial do Aeroporto (AEA) – é a área abrangida pelo Aeroporto Luis Leite Lopes e pelo Plano Específico de Zoneamento de Ruído do mesmo, sujeita às restrições específicas ditadas pelos órgãos da aeronáutica.

a)          Esta redação implica que necessariamente Ribeirão Preto apenas poderá dispor de um aeroporto – que é citado nominalmente, o que não corresponde à verdade, já que existe interesse público consagrado na construção de um novo aeroporto;

b)          Quando define a área abrangida pelo aeroporto e pelo Plano Especifico de Zoneamento de Ruído e que fica sujeita às restrições impostas pelos órgãos da aeronáutica, ou se trata de um pleonasmo ou pode ser entendida que outros planos de segurança não sejam atendidos.

Redação proposta:

X - Área Especial de Aeroportos (AEA) -  área patrimonial dos sítios aeroportuários e de seu entorno que atenda às exigências das Zonas de Proteção e Área de Segurança Aeroportuária definidas pelas autoridades aeronáuticas, assim como a Área de Segurança Aeroportuária, nos termos do art. 1º da Resolução CONAMA 04/1995 e que atenda às restrições impostas pelo art. 46 da portaria 1141/GM5

E também

que seja incluída uma nova área denominada Área de Segurança Aeroportuária onde todas essas exigências sejam devidamente descritas e definidas planimetricamente.

É assim que a Prefeitura Municipal age.

Será que a proposta feita pelo Movimento foi inconsistente? Não, porque nem mesmo foi comentada.

Será que podemos afirmar que o desejo expresso da prefeitura municipal  de que o Leite Lopes seja ampliado e não haja a possibilidade de se construir um outro aeroporto está bem caracterizado?

Na opinião do Movimento Pro Novo Aeroporto a resposta é afirmativa.

Mas existe uma solução para mudar isso:

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

E continuamos na campanha

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A CÂMARA MUNICIPAL QUE NÓS TEMOS É A QUE MERECEMOS

O Jornal Gazeta de Ribeirão (25/12/2011) publicou (negrito nosso):

A Comissão Especial de Estudo (CEE), criada para discutir a construção de um novo aeroporto em Ribeirão Preto e também esclarecer a polêmica envolvendo a ampliação da pista do Aeroporto Leite Lopes não decolou.

O estudo foi concluído pela mesa diretora da CEE em fevereiro, porém, acabou engavetado na Câmara. O resultado da comissão, que se posicionou favoravelmente à construção de um novo terminal  na cidade, deveria ser encaminhados à capital Brasília para reforçar o pedido de recursos para a construção de um novo aeroporto.

A série de oito reuniões da CEE pôs fim ao relatório criado em fevereiro do ano passado para discutir o andamento das obras e da internacionalização do Aeroporto Leite Lopes. “A partir de agora tomaremos atitudes práticas para a criação de um novo aeroporto internacional em Ribeirão”, disse, na época, o presidente da CEE do Aeroporto, Jorge Parada (PT).

Os vereadores membros da Comissão Especial de Estudos do Aeroporto (CEE) anunciaram durante o término das audiências que o resultado final  dos trabalhos seria entregue à Procuradoria Geral do Estado, que estuda o pedido de revisão do acordo judicial que impede a ampliação da pista de pousos e decolagens do aeroporto, que em novembro deste ano Leite Lopes: ampliação da pista foi contestada por vereadores da CEE atingiu a marca de 1 milhão de passageiros transportados.

Segundo Parada, as mudanças na administração federal com a saída do ex-ministro Antonio Palocci podem dificultar a proposta. “A esperança de apoio por parte do Legislativo para a construção do novo terminal aeroportuário seria depositada no ex-prefeito de Ribeirão e na época então ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Mas não vamos desistir”, declarou o vereador.

De acordo com ele, uma nova comissão vai “reivindicar” a construção de um aeroporto internacional com fôlego para atender a demanda aérea ribeirão-pretana. “A própria Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já declarou que o Leite Lopes é limitado, por isso entendemos que um novo aeroporto é a melhor saída”, argumentou.

A Câmara Municipal aprovou a conclusão de um estudo e aprovou também que esse estudo seria encaminhado a quem de direito em Brasilia e à Procuradoria Geral do Estado, que está desenvolvendo exaustivos esforços para conseguir fazer um arrazoado jurídico capaz de convencer o judiciário a cancelar o acordo feito entre o MP e o Governo do Estado, com base nos argumentos fraquinhos que lhe forneceram.

A Câmara Municipal não cumpriu com uma resolução tomada e aprovada e os vereadores que compuseram essa Comissão de Estudos permaneceram apáticos. 

Nessa época (Fevereiro) na Câmara Municipal não se fazia uma oposição aos interesses do executivo, que sempre pleiteou o puxadinho/puxadão da pista do Leite Lopes.

O interessante de tudo isto são algumas coincidências: a idéia da ampliação da pista do Leite Lopes, contrariando a técnica e a lógica, foi defendida pelo braço político dos SLLQC* ou seja a prefeitura municipal, à época do PSDB e apoiada pelo Governo do Estado, também do PSDB. Agora, com um governo municipal que em Fevereiro era muito amigo dos PSDB e outro governo estadual igualmente do PSDB, tentam reverter a sentença judicial que impede o puxadinho/puxadão. A Câmara se reúne, estuda, discute e chega a uma conclusão obviamente contrária a todos os interesses dos governos municipal e estadual. Resolve enviar esse Estudo para as autoridades aeronáuticas – que sabemos serem contra a ampliação – e não o faz. Por coincidência, a presidência da Câmara também é do PSDB.

E para terminar, acabamos de ler o livro PRIVATARIA TUCANA, do Amaury Ribeiro Jr. Sabemos que existe o interesse do Governo do Estado na privatização do Leite Lopes. Será que existe algum tipo de relação de causa e de efeito?

Se não existe nenhuma relação, porque é que o documento não foi enviado pelo menos ao Governo do Estado, ao DAESP, à Procuradoria Geral do Estado e ao governo municipal?

Sem dúvida que os eleitores só podem ter a Câmara Municipal que merecerem. Por isso, devemos ter mais cuidado com o nosso voto

Não podemos continuar agindo como irresponsáveis. Então,

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!


* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Confirmado: Entorno ao aeroporto - A Favela ficou

Processo de Desfavelamento muda e o pano de fundo agora se confessa  como  pauta principal

O Processo de Desfavelamento divulgado como objetivo primeiro na promoção da dignidade humana mostrou a sua face cruel da subserviência do poder público  ao verdadeiro poder – o econômico-  porque se revelou apenas como pano de fundo para a regularização precipitada de um zoneamento de ruídos do aeroporto, que não existe .
Para evitar despejos e prováveis ocorrências policiais  , a exemplo das atrocidades cometidas contra os moradores da Favela da Família, que geraram  um enorme desgaste político,  a atual administração substituiu o processo de Desfavelamento das Favelas próximas ao aeroporto, por desocupação parcial conforme constatamos na matéria divulgada pela imprensa abaixo :

A Cidade - Quarta, 28 de Dezembro de 2011 - 20h49
Prefeitura retira 232 famílias da Favela da Mata
A Prefeitura de Ribeirão Preto começou nesta quarta-feira e finaliza hoje a retirada de 232 famílias da Favela da Mata, no Jardim Aeroporto. O grupo, inscrito na lista da Cohab-RP (Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto) desde 2007, será levado para o Conjunto Paulo Gomes Romeo, na região Oeste da cidade (leia mais na p. A3).
A retirada das pessoas é realizada para a futura ampliação do aeroporto Leite Lopes. No entanto, cerca de 250 famílias continuarão na favela.
"Nós estamos deslocando as famílias que têm a documentação pronta para o Paulo Gomes. As outras vão ocupar os locais que estão ficando vagos na rua Itápolis", afirmou o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Jr.
De acordo com o secretário, todas as casas próximas ao muro do aeroporto serão destruídas. "As casas do beco central da favela para trás serão mantidas", afirmou.....
O presidente da Associação dos Moradores da Favela da Mata, Clodoaldo Marques, 48 anos, foi sorteado, no dia 8 de dezembro, para ter direito a uma casa, mas não está muito feliz.
"Fico triste porque metade dos moradores daqui está ficando para trás e não acredito que eles sejam chamados em março", comentou.
Fonte :  Jornal A Cidade – 28/12/11

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Entorno ao aeroporto: A Favela fica

Processo de Desfavelamento muda e o pano de fundo agora se confessa  como  pauta principal

O Processo de Desfavelamento divulgado como objetivo primeiro na promoção da dignidade humana na próxima quarta feira (dia 28) irá mostrar a sua face cruel da subserviência do poder público  ao verdadeiro poder – o econômico-  porque se revela apenas como pano de fundo para a regularização precipitada de um zoneamento de ruídos do aeroporto, que não existe .
Para evitar despejos e prováveis ocorrências policiais  , a exemplo das atrocidades cometidas contra os moradores da Favela da Família, que geraram  um enorme desgaste político,  a atual administração substituiu o processo de Desfavelamento das Favelas próximas ao aeroporto, por desocupação parcial, ou seja, somente a faixa da Favela da Mata que está na área de ruídos é que irá sair, o restante ficará sem prazo determinado.
Importante ressaltar que não existe ainda uma definição da faixa abrangida pela curva de ruídos que, em tese, deveria ser  desocupada de uso residencial porque se baseia apenas num estudo elaborado pelo IPT mas ainda não aprovado nem homologado pela autoridade aeronáutica, que, simplesmente, pode dizer que não aceita esse estudo e do Judiciário que também pode determinar a sua não aplicabilidade,  sentenciando que o Leite Lopes não seja nada mais que um aeroporto regional e que só permita o uso de aeronaves cuja curva de ruído não perturbe a vizinhança.
 Ou seja, pode mandar fechar o Leite Lopes e mandar construir um novo aeroporto.
A Favela continua, e isto demonstra que o Processo assume uma nova cara, melhor dizendo, assume a sua verdadeira face que estava escondida por objetivos eleitorais – Processo de remoção das comunidades  para atender ao zoneamento de ruídos,  sem nenhum interesse cidadão.

A finalidade principal que outrora era velada, agora se tornou transparente – O objetivo principal não é o ser humano que reside nas favelas e sim a regularização do  Aeroporto Leite Lopes
Como presente de fim de ano a Prefeita anunciou a remoção da Favela da Mata para o próximo dia 28 (quarta feira) , e nós do Movimento da Moradia, convidamos todos a uma reflexão, para assistirem logo  abaixo o vídeo produzido pelo Movimento da retrospectiva de todo este processo.
E nessa reflexão também se atente a que os políticos que agem dessa forma estão lá porque nós lá os colocamos. Vamos melhorar o nosso desempenho político e cidadão em 2012:
Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

Vídeo :


sábado, 24 de dezembro de 2011

Comentários do leitor

De: Lydia Maria Goritzki  -  cincopedrinhas@gmail.com
Data: 18 de dezembro de 2011 09:09

Assunto:  Re: Aeroporto - Audiência Final da Agenda Ribeirão 2021
 
PARABENS, brava gente de Ribeirão Preto!
Tenho acompanhado a luta de vocês e me alegro muito de ver esta vitória que é uma vitória do BRASIL que se levanta aqui e ali, e constrói os seus SONHOS!
Mas a luta continua pela realização concreta deste espaço novo que merece ser modelo como foi a vossa luta!
Os melhores votos para a batalha final!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal : O Papai Noel do Puxadinho no Leite Lopes

               Em artigo publicado em  07/12/2011  , um leitor residente próximo ao Aeroporto de Jundiaí nos perguntava o que fazer frente aos problemas decorrentes das irregularidades provocadas pelo aeroporto de lá. Como estratégia principal indicamos a capacidade de mobilização popular.

               Neste sentido citamos a iniciativa da Associação de Moradores do bairro Jardim Aeroporto, que para enfrentar a grande manipulação de dados havida há décadas e que ainda hoje persiste sobre  a população do entorno , faz  sua campanha de esclarecimentos junto à comunidade local, trazendo no  seu Jornal Informativo de fim de ano , a seguinte matéria de capa :

 
Aeroporto Leite Lopes :
 Eterna indefinição e conseqüente  desvalorização do entorno

A indefinição do futuro do aeroporto tem gerado grandes prejuízos para nossa comunidade. Com apoio de setores da grande mídia houve muita  propaganda de que a ampliação e internacionalização iriam valorizar nosso bairro.
Esta mentira é facilmente demonstrável quando observamos os fatos, qual seja: se fosse verdadeiro porque a parte nobre da cidade não migrou para cá a fim de reservar seu pedaço de chão e ganhar dinheiro com a valorização? Afinal de contas, quem usa o aeroporto? Nós ou eles?
A falta de transparência  da área a ser desapropriada gera insegurança a eventuais interessados em adquirir imóveis em nosso bairro aliado ao fato que tradicionalmente o poder público é mau pagador quando o assunto é desapropriação. Basta lembrar os sitiantes, família Gelfuso, donos  da área onde se situa o aeroporto, foram desapropriados  há exatos 50 anos e até hoje lutam na justiça para receberem. É o caso mais antigo do Brasil.
A área a ser desapropriada é definida pelo mapa de zoneamento de ruídos ao qual nossa Diretoria assumiu  o compromisso de lutar incansavelmente para adquiri-lo.
O Ministério Público e Governo do Estado (Gestão do Governador Serra) elaboraram um acordo judicial que impede esta ampliação e respectivas desapropriações. Para fins de marketing político visando as eleições do ano que vem,  tentam burlá-lo com uma tal proposta de redirecionamento de pista. Estamos atentos  e vigilantes em harmonia com o Ministério Público.
Por isto:

Em 2012 não vote em político de 3ª linha, vote em estadista.

O LEITE LOPES COMO ESTÁ E UM SEGUNDO
NOVO AEROPORTO EM NOVA ÁREA JÁ !!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O MOVIMENTO RESPONDE

Um modelo de concepção para o novo Aeroporto

O blog do Movimento Pro Novo Aeroporto está sempre em atividade. E por isso recebe muitos retornos de seus leitores. Alguns reclamando de nossos posicionamentos, outros elogiando-os  e também outros fornecendo informações úteis, como o que se segue: 

Se puderem  dêem  uma estudada no que fizeram na Suécia, no final da  década 70  inicio década 80 (eu estava por lá)
O aeroporto de Bromma estava e ainda está dentro cidade, e não tiveram dúvida, os estudos técnicos levaram a que ficasse regional e construíram  Arlanda  (45 km) com toda a facilidade de todo tipo de transporte coletivo de qualidade que imaginar 
até a cidade.

É verdade. Esse tipo de comportamento é o usual em países de elevado nível de vida em razão de um alto nível de educação formal que não permite que pessoas despreparadas possam assumir funções publicas para administrar o país.  Por isso lá não existem  SLLQC* para impedirem o desenvolvimento adequado no sentido do bem comum.

Não vamos descrever esses aeroportos nem mesmo de sua rede de transporte público em direção à cidade (Estocolmo) e  ao entorno.

Vamos dar asas à nossa criatividade e esboçar uma alternativa para um Novo Aeroporto (equivalente ao de Arlanda) destinado para vôos regionais e internacionais, enquanto o atual Leite Lopes, permanecendo como está, destina-se, entre outras atividades, à aviação geral e de helicópteros (equivalente ao de Bromma).

Aeroporto novo fora da área urbana, com um plano diretor que o transforme naquilo que hoje caracteriza um aeroporto moderno: uma cidade aeroportuária.

Uma área com capacidade de suportar as futuras ampliações, com toda a sua infra-estrutura de aeródromo e de terminais de carga e de passageiros; toda uma infra-estrutura de apoio tais como lojas, restaurantes e um entorno protegido do zoneamento de ruído, ao contrário do que aconteceu no Leite Lopes, podendo ser uma parte ocupada por instalações de um grande parque de exposições, com local para eventos de médio a grande porte, como festivais de música que atrapalhariam a população se fossem feitos dentro da área urbana, como é feito hoje. Talvez até comportando uma Agrishow.   O restante da área ocupada por um zoneamento agrícola permanente, por exemplo produzindo produtos agrícolas de exportação (frutas, flores, etc). Poderia ser também um zoneamento industrial com a produção dirigida para a alta tecnologia com valor agregado para exportação.

Para atender a toda essa demanda um sistema viário de via expressa correndo paralelamente a um sistema metroviário para a cidade com conexão com as cidades vizinhas. No caso de Estocolmo trens de alta velocidade para cidades até 40/50 km, o que no nosso caso poderia ser  admitido desde Ribeirão Preto até Franca,  Taquaritinga,  Araraquara, Orlândia, etc. e, numa visão futurista, conexão com o futuro trem bala para S. Paulo.

Para que isto possa se tornar possível é necessário primeiro ter um projeto bem definido e uma estrutura administrativa e política metropolitana dirigida por estadistas, para poder viabilizar tanto no aspecto técnico e administrativo mas também uma política de investimentos, estabelecendo prazos.

Seria, é claro, um plano a ser implantado no médio prazo, que é muito maior que o prazo de duração de uma administração política.

Esse é o gargalo para a implantação de qualquer empreendimento sério em Ribeirão Preto: competência, visão no longo prazo e capacidade de implantar algo que será inaugurado por outro administrador.

Olhando para as últimas administrações, o que podemos esperar?

Uma dessas outras administrações, ninguém sabe muito bem porquê, resolve acabar com o terminal de ônibus em frente à rodoviária e distribuiu todas as linhas pelas ruas próximas, gerando o maior caos tanto para os pedestres, os passageiros e o próprio trânsito.

A anterior vem e faz aquilo que se atreveu a chamar de terminal de ônibus, composto por aquele monte de pontos alinhados, tudo a céu aberto e sem proteção nenhuma para os passageiros que ficam expostos à chuva. 

A atual, apenas a insistência em afirmar que um novo aeroporto demora 10 anos para ser construído e que para se definir um sitio aeroportuário não é necessário ser especialista, bastando passear de helicóptero e olhar para baixo, apontar com o dedo  e assustar os moradores de classe B da zona sul com a hipótese de terem que conviver com um aeroporto.

Com esse padrão de administrações que nós mesmos temos elegido, podemos esperar algo mais do que a estreiteza de se contentarem com um puxadinho/puxadão no Leite Lopes?

Podemos esperar atitudes de estadista com uma visão de longo prazo?

Dirão que não adianta ter visão se não tiver dinheiro. Pois é: vamos ter a copa e o dinheiro apareceu, sem precisar recorrer ao FMI. Então falta de dinheiro não é.  Certamente que é falta de estadista.

Por isso é que continuamos a insistir:

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

Mas para isso é indispensável que

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Leilão dos aeroportos é marcado para 6 de fevereiro

Fonte: Agência Petroleira de Notícias
18 Dezembro 2011
Classificado em Brasil - Privatização

O pretexto para a realização dos leilões, que teve na figura o ex-ministro Nélson Jobim um de seus grandes articuladores, é atrair investimentos para melhorar a estrutura dos aeroportos brasileiros. Dados da ENAC informam que, entre 2003 e 2007, enquanto o número de passageiros transportados no mundo ficou na média de 40%,  no Brasil o aumento foi de 118%.
De acordo com o edital, obras de reforma e ampliação dos aeroportos deverão ser concluídas em 18 meses, preparando os aeroportos para a Copa do Mundo de 2014. Os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília estão entre os mais rentáveis do país. Detalhe: as obras serão financiadas pelo próprio governo brasileiro, através do BNDES.
Os preços mínimos para a concessão dos aeroportos  ficaram abaixo do recomendado pelo Tribunal de Contas da União na semana passada. No caso de Cumbica, o governo fixou em R$ 3,4 bilhões o preço mínimo, R$ 400 milhões a menos do defendido pelo TCU. Em Viracopos, o valor fixado foi de R$ 1,471 bilhão, enquanto o tribunal defendia o valor de R$ 1,7 bilhão. Em Brasília, o valor do edital é de preço mínimo de R$ 582 milhões. O TCU tinha recomendado R$ 761 milhões.
O movimento de resistência contra a privatização dos aeroportos considera a concessão o caminho para a precarização do trabalho e uma  ameaça à soberania nacional.
Para mais informações, assista à entrevista com trabalhadores de Viracopos na TV Petroleira

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ribeirão 2021 - Audiência Final

O Movimento informa:

Forum21 - Audiência Final

No dia  14 de dezembro, ocorreu  na  Câmara Municipal  a  sessão de encerramento do  Forum Ribeirão  , onde as  propostas de todas as  Comissões  foram  somadas  e   feito um  documento único.
O Relatório final manteve  o parecer contrário à ampliação do Leite Lopes e a favor de um  Novo Aeroporto  a  ser feito nos mesmos moldes que a  Infraero  está  fazendo para  privatizar os Aeroportos  de  Guarulhos - Campinas - Brasilia.,  ou seja,  quem  ganha a Licitação  paga  um valor  que será utilizado  pela desapropriação da  área, e num prazo de 04 anos constrói o  Novo Aeroporto  e  depois opera o mesmo por pelo menos  30 anos  -  o  Poder Público  nada  gasta.
Abaixo encaminhamento pelo Eng. Jose Augusto Corsini Monteiro de Barros deste parecer sobre a situação  Aeroportuária  de Ribeirão Preto  aprovada  neste  Forum  :

 I – Trabalhar no sentido de  proporcionar á  Ribeirão Preto  a existência  de um Aeroporto condizente com o futuro  e reais necessidades da cidade e região,  com as seguintes  considerações  e  sugestões =
         I – 1 – Considerando que o  Aeroporto Leite Lopes  já está  alocado praticamente  dentro da cidade,  cuja  situação urbana  e  conseqüente reflexos sociais será  agravada nos próximos  10 a  20 anos   com tal permanência  e/ou  expansão  ;   Considerando que para atender a operação de grandes equipamentos ( aviões )  que fazem o cargo aéreo  seria necessária a ampliação da pista  em pelos menos  mais  1.200 metros além das áreas necessárias  ás cabeceiras de pista  atingindo o comprimento mínimo de  3.300  metros de pista  útil ,  o que pela  situação físico-geográfica  se torna  impraticável ;   
         I – 2 -  Sugerir que o Aeroporto Leite Lopes seja  adequado  ás necessidades atuais  tais como  melhoria  do Terminal de passageiros,  instalação de todos os equipamentos de segurança de vôo  necessários á uma operação adequada,  implantação de áreas de estacionamento provisório  de veículos,  implantação de  divisas e muros no seu entorno visando a segurança  e evitando ás invasões,  completa  limpeza  em toda a região evitando áreas sujas com restos de lixo que atraem pássaros;  correta  sinalização em toda a área  como forma de  orientar  a  chegada e saída de veículos,  evitar a  construção  desordenada  em  sua  vizinhança  de forma  a  não comprometer a  operação aérea  do Aeroporto.
         I – 2 – Sugerir  a  demarcação  com  as devidas normas e posturas  urbanas  e  conseqüente  desapropriação  de uma área dentro do Município de Ribeirão Preto  com pelo menos  225 alqueires  e que tenha um comprimento de  pelo menos  5.000 metros, para ser objeto de instalação  de um futuro  e moderno  Aeroporto, que pelas suas características  possa  ser efetivamente  utilizado como  Internacional de Passageiros e de Carga  --  com a  promoção  de uma Licitação Pública  a  empresa vencedora  pagaria  ao Poder Público   á título de  lance mínimo  o  valor  anteriormente  utilizado na  desapropriação  e ficaria incumbida de num prazo máximo de 05  anos  a  projetar e construir  o novo aeroporto  passando a  administrá-lo por um prazo de aprox.  30 anos.
         I – 3 – Com tal forma de procedimento  Ribeirão Preto teria  nos próximos anos um Aeroporto com condições mínimas para tender adequadamente o movimento aéreo  regional  e  nacional, e após a  construção do novo aeroporto ,  que  então se feito dessa forma  não traria  nenhum custo direto ao Poder Público,  agregaria  de fato  e  de direito  á cidade e região uma estrutura  aero-portuária condizente com a  operação das futuras necessidades  de passageiros e de cargo aéreo internacional.
         I – 4 – Em conjunto com a iniciativa privada,  propor a  implantação ao lado do novo aeroporto  de uma grande área  para instalação de industrias de montagem  e não poluente,  utilizando o novo aeroporto como porta de entrada e de saída  para os produtos  a  nível  internacional,  e  no devido tempo  poder pleitear ao Governo Federal a  transformação dessa área  em Zona Franca  á semelhança de  Manaus , passando aí sim  Ribeirão Preto  e Região   ter   um impulso expressivo na  sua economia.

Comentários dos  nossos leitores:

De: Lydia Maria Goritzki  -  cincopedrinhas@gmail.com
Data: 18 de dezembro de 2011 09:09
Assunto:  Re: Aeroporto - Audiência Final da Agenda Ribeirão 2021
 
PARABENS, brava gente de Ribeirão Preto!
Tenho acompanhado a luta de vocês e me alegro muito de ver esta vitória que é uma vitória do BRASIL que se levanta aqui e ali, e constrói os seus SONHOS!
Mas a luta continua pela realização concreta deste espaço novo que merece ser modelo como foi a vossa luta!
Os melhores votos para a batalha final!