terça-feira, 26 de novembro de 2013

Parque Permanente de Exposições: Eventos Putz são questionados pelo Vereador Beto Cangussu

A falta de respeito da administração municipal que  facilita eventos sonoros no Parque Permanente de Exposições, os chamados PUTZ, contrariando todas as normas ambientais e principalmente revelando o total desprezo que tem para com os cidadãos da cidade que moram no entorno do Parque, que perdem noites sucessivas de sono. Para quê isso? Para receber uma merreca pelos promotores desses eventos que saem com os bolsos cheios.

 Essa falta de respeito para com os trabalhadores que moram no entorno do Parque de Exposições tem irritado os prejudicados e as reclamações têm ocorrido tanto pela imprensa como por meio de Boletins de Ocorrência por Perturbação da Ordem Pública registrados em delegacias.

 O vereador Beto Cangussu tomou a iniciativa de questionar a prefeitura, através da CODERP, exigindo explicações a respeito desses eventos.
 Parabens ao vereador Beto Cangussu que, mais uma vez mostrou que está do lado dos cidadãos desta cidade.


 Abaixo trecho de seu jornal relatando os fatos e  a resposta da CODERP, onde  fica clara a falta de preocupação da prefeitura com o sossego e a qualidade de vida dos ribeirãopretanos.










terça-feira, 19 de novembro de 2013

O caos aéreo e a incompetência dos gestores públicos

Recentemente um gestor público, para desconstruir a imagem de que a gestão pública é de uma incompetência de dar dó, resolveu transferir essa responsabilidade para os engenheiros.

Este artigo mostra de uma forma muito mais clara cono é que a coisa funciona.

Poderemos tirar alguma ilação dessa incompetência gestacional com o Leite Lopes e as tentativas sucessivas de ampliação em lugar de se construir um novo aeroporto?


Bons projetos exigem planejamento, gestão e respeito à engenharia


O Brasil está praticamente a um semestre da abertura da Copa do Mundo de Futebol da Fifa de 2014. E, em suas áreas mais sensíveis e importantes para a sociedade, o transporte aeroportuário e a mobilidade urbana, o panorama é no mínimo preocupante. Em seis dos 12 aeroportos das cidades-sede da Copa é real a ameaça de que as obras de ampliação de sua capacidade, ultrapassada há anos, não sejam concluídas no tempo exigido.
Na área de mobilidade urbana, a situação não é diferente. A deficiência na gestão federal é a real causa e origem desses problemas, embora alguns insistam em tentar tapar o sol com a peneira, como fez recentemente o ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil do governo federal, Wellington Moreira Franco, ao atribuir os atrasos nas obras aeroportuárias aos engenheiros brasileiros, “que são ruins e fazem projetos malfeitos”.

O Brasil foi escolhido para sediar a Copa 2014 em 30 de outubro de 2007 e a Olimpíada 2016 em 2009. Esses sete anos de antecedência para sediar os dois megaeventos esportivos mundiais seriam mais do que suficientes para os governos, em todos os níveis, planejar o que precisaria ser feito, desenvolver estudos, contratar bons projetos executivos e executar as obras necessárias, especialmente em mobilidade urbana e aeroportos – setores que permitiriam deixar um verdadeiro legado à sociedade, muito além dos equipamentos esportivos exigidos.
Em 2010, foi instituída a chamada “Matriz de Responsabilidades” para os diversos níveis de governo para as obras da Copa. Porém, a ineficiência na gestão governamental é registrada pelo atraso nas obras dos aeroportos em metade das cidades-sede e na confissão, pelos ministros Miriam Belchior, do Planejamento, e Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, de que o plano anunciado pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho último de investir R$ 50 bilhões em mobilidade urbana não teria condições de ser cumprido na íntegra “por falta de projetos na prateleira”.

O que fica evidente nos pronunciamentos desses importantes ministros do governo federal é a tentativa de buscar um “bode expiatório”. Sabemos que é difícil, quase impossível, para qualquer político ocupante de cargo público executivo admitir a incompetência, própria e do governo ao qual pertence. É muito mais simples tentar jogar a culpa pelo não cumprimento dos prazos em terceiros. Mas isto não ajuda minimamente a resolver as deficiências, assim como não adianta à avestruz enfiar a cabeça no buraco – o restante continua ostensivamente à vista.

O setor de projetos de arquitetura e engenharia infelizmente não tem como corrigir as deficiências gerenciais do governo, mas pode sim alertar os administradores públicos sobre a necessidade de planejar bem e contratar bons projetos para os empreendimentos públicos. Não é uma tarefa fácil. Nós, do Sinaenco, sindicato que reúne mais de 23 mil empresas do setor de projetos, gerenciamento e supervisão de obras, dos mais diversos portes, vimos desde 2007alertando para a necessidade de planejamento. Aliás, lançamos, em junho de 2009, um relatório intitulado “Vitrine ou Vidraça – Desafios do Brasil para a Copa 2014”, resultado de uma série de 17 eventos que promovemos, entre 2008 e início de 2009, em cidades então candidatas a sediar uma chave do campeonato mundial de futebol. Nesses eventos, foram analisados os principais problemas de cada uma delas e do governo federal, para que evitássemos virar “vidraça” para o resto do mundo.

A necessidade de planejar bem e contratar bons projetos executivos pela melhor solução técnica constituíram-se em “mantra” de nosso setor, apregoado em um sem-número de artigos, entrevistas e reportagens, além de palestras e em eventos promovidos por órgãos públicos e entidades. A contratação de bons projetos, porém, exige planejar bem, incluindo o prazo necessário para o seu desenvolvimento.
Em países como Alemanha e Japão esse prazo exige entre 40% e 50% do tempo a ser despendido com a execução da obra; no Brasil, essa relação chega a ser inferior a 10%! Os países desenvolvidos respeitam a arquitetura e a engenharia. Sabem que os projetos contratados pela melhor solução técnica garantem qualidade e execução nos custos e nos prazos previstos. No Brasil, soma-se o desrespeito à engenharia à ignorância generalizada sobre o papel essencial e insubstituível do projeto no resultado final de uma obra pública – seja na qualidade, nos custos e nos prazos. Para isso, é preciso contratar projetos pela melhor solução técnico-econômica e não pelo menor preço.
 E reservar o prazo adequado à elaboração de um “serviço técnico especializado de natureza predominantemente intelectual”. Aos nossos governantes, é preciso lembrar, ou informar, em alguns casos, que a arquitetura e a engenharia são instrumentos indispensáveis ao desenvolvimento e engenheiros e arquitetos são os operadores desse desenvolvimento. E, mais ainda, que o Brasil dispõe de profissionais altamente qualificados nesses setores: o “técnico” e a “cartolagem”, porém, não estão sabendo tirar proveito da competência que têm à sua disposição.

Assim, contratar projeto por pregão ou por menor preço, prática que infelizmente tem sido comum em nosso país, seria, por analogia, como se nossas autoridades estivessem com uma dor de dente insuportável e escolhessem para o tratamento o dentista que ofereceu o menor preço. Ou que uma renomada montadora de automóveis contratasse o projetista que propôs o valor mais baixo – e não a expertise e a melhor solução - para desenvolver o projeto de seu carro top de linha.
Planejar bem, contratar projetos pela melhor solução técnico-econômica, pelo valor adequado – e nunca pelo menor preço ou por pregão -, com o prazo necessário ao seu desenvolvimento é uma receita eficaz para a conquista de qualidade, com controle rigoroso de seus custos e do prazo de execução. O bom projeto executivo é também, por isso, o que denominamos de uma “vacina anticorrupção”.

Para resolver a ineficiência da administração pública brasileira não adianta importar administradores cubanos, por exemplo. A solução está no Brasil e na busca real por administradores capazes, planejadores eficientes, que pensem nas próximas duas décadas, no mínimo, e não apenas na próxima eleição, que ocorre a cada dois anos. Senão, nossos governantes podem virar a “vidraça” da vez, nas manifestações e na insatisfação generalizada da sociedade.

Por: José Roberto Bernasconi, presidente Sinaenco/SP


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ENTRE CHORAMINGUICES E UFANISMOS Sobra a política da desinformação pública

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


A ação judicial

Recentemente o Ministério Público entrou no Judiciário questionando o projeto de ampliação do Leite Lopes, sob a alegação de que existe uma decisão judicial, desde 2007, que a impede. É algo bem simples assim: se não se pode fazer, então não se faz.

É evidente e toda a lógica nos sinaliza que, se não é possível ampliar o aeroporto e a região de Ribeirão Preto necessita de um aeroporto que possa atendê-la devidamente, então a única alternativa está em construir outro aeroporto, em outro local adequado.

Sob o ponto de vista exclusivamente financeiro, a construção do novo aeroporto sairia por um valor próximo ao da ampliação.

E se as forças retrógradas que ainda imperam em nossa cidade tivessem entendido que a única alternativa é a construção do novo aeroporto - exigência de Ribeirão Preto desde 1995 -  esse aeroporto já estaria pronto e em operação segura. Seria até um exemplo de sensatez e sinalizaria um amadurecimento nas políticas públicas do setor aeroviário, que está um verdadeiro caos[i].

Mas os SLLQC não entendem assim. Insistem na ampliação. Devem ter os seus motivos para isso.

Desmascarando a tentativa de manipulação da verdade:
As áreas das curvas de ruídos não está liberada

Como a ação judicial vai criar entraves à ampliação, pelas razões do óbvio ululante, os SLLQC logo ficaram com as choraminguices próprias de crianças mimadas contrariadas e reclamaram do Ministério Público e do Movimento Pro Novo Aeroporto[ii].

Nesse meio tempo, parte da Favela da João Pessoa é inserida num dos programas Minha Casa Minha Vida, do governo federal e logo os SLLQC levantam a cabeça, limpam as lágrimas e saem, todos ufanos, cantando em coro: agora acabaram-se as favelas do entorno do aeroporto e podemos internacionalizar o Leite Lopes.

E a mídia, usando os mesmos termos nas reportagens, divulga essas noticias como se fossem verdadeiras, embora  só na João Pessoa ainda “sobraram” 60 famílias.

Vamos voltar à realidade dos fatos, para tristeza dos defensores da ampliação do Leite Lopes.

Em 1984 o Leite Lopes teve o seu Plano de Zoneamento de Ruídos aprovado.  No zoneamento de ruídos existe a chamada zona 1  dentro da qual não é permitido nenhum uso urbano industrial, residencial, hospitalar, etc.

Para garantir a segurança das operações de pouso e decolagem, na atual configuração do Leite Lopes existem obstáculos tais como a atual cerca e os postes de iluminação nas ruas paralelas à pista de operação e à de taxi que têm que ser removidas.

Para que o Leite Lopes se adequasse às exigências de segurança, optaram que toda a área definida pela zona 1 ficasse integralmente incorporada ao sitio aeroportuário.

Nada a ver com a ampliação da pista, com o deslocamento da pista (que é a mesma coisa) nem com a tal internacionalização do Leite Lopes porque já está outorgado desde 2002.

Só não opera diretamente porque não tem pista e mesmo com a tal ampliação vai continuar não tendo, embora dê para quebrar o galho dos interesses econômicos ligados não à exportação, mas sim à importação.

As favelas que se encontravam localizadas nessa zona 1 foram removidas mas,  é importante frisar, só a parte que se localizava dentro dessa zona 1.

Por isso, quando lemos manchetes propaladas pela mídia de quePrefeitura de Ribeirão remove última favela na região do aeroporto[iii] Com a retirada das 53 famílias, obras de ampliação e deslocamento da pista já podem ter início; [...] ePrefeitura conclui liberação de área PREFEITURA JÁ ENVIOU OFÍCIO AO GOVERNO ESTADUAL informando que a área da curva de ruído do Leite Lopes já está liberada[iv]. “

Então vamos esclarecer aquilo que a mídia já sabe muito bem mas parece não se interessar em divulgar direito:

O zoneamento de ruído liberado foi a zona 1. A zona 2 permanece ocupada com residências, postos de saúde, escolas, etc., que é um uso urbano incompatível com esse nível de ruído.

Portanto, afirmar que a curva de ruído do Leite Lopes  já está liberada é uma grande mentira e demonstra que o recado dado à mídia foi propositadamente deturpado para alterar a realidade, dando a impressão de que tudo vai bem para os SLLQC.

A mídia não deveria entrar de alegre  nessa desinformação porque conhece muito bem o que é zoneamento de ruído.

A área liberada e que será incorporada ao patrimônio do Leite Lopes, junto com outras áreas particulares que serão em breve desapropriadas com esse objetivo (e os proprietários  ainda não foram avisados disso, embora constem no RRA[v]) não tem nada a ver com o tal deslocamento da pista mas sim com a segurança ao voo do Leite Lopes na configuração atual.


Comunidade João Pessoa: A favela não foi removida

Mais uma vez a desinformação  programada e divulgada pela mídia é a política de comunicação dos SLLQC, visando manipular a opinião pública.

Quanto à afirmação “Prefeitura de Ribeirão remove última favela na região do aeroporto”   essa então ultrapassa o limite do ridículo. Foram removidas algumas famílias da Favela da João Pessoa, apenas as que estavam na zona 1 de ruído.

As outras 60 famílias permanecem no local. É só olhar a foto do que sobrou para se constatar que essa noticia é falaciosa já que, logo depois dos escombros [2], permanecem de pé [1] as outras construções da comunidade que estão localizadas fora da zona 1 de ruído.  



Devemos ressaltar que o desfavelamento está sendo organizado de uma forma mais técnica porque tanto o Movimento Pro Novo Aeroporto quanto o Movimento Pro Moradia e Cidadania têm interferido impedindo que o desfecho da Favela da Familia se repetisse e estão fiscalizando, junto com as comunidades removidas, as condições das novas moradias, lembrando que as verbas são do governo federal e não do governo do estado e muito menos do governo municipal.

É muito ruim quando a tentativa de mostrar serviço e fingir que os seus objetivos estão sendo atingidos se baseia em divulgar falsas informações.

No futuro próximo vai ficar difícil de defender todo esse ufanismo quando chegar a hora de fazer as desapropriações das áreas não faveladas e ocupadas por moradores radicados faz décadas.

Estes moradores que nem sabem ainda o que os espera, vão protestar pois irão receber indenizações ínfimas baseadas em critérios próprios do Governo do Estado[i], conforme descritas no RRA e que não seguem integralmente  as normas da ABNT, que são de uso obrigatório nas desapropriações.

Documento a esse respeito será emitido pelo Movimento e encaminhado, oportunamente, a quem de Direito.

Apenas para fechar este assunto, lembramos que se tivéssemos um novo aeroporto e o Leite Lopes tivesse outra configuração e com uso alternativo gerador de renda, o zoneamento de ruído seria outro e muitos problemas sociais, inclusive os de moradores não favelados do entorno, simplesmente não existiriam.

PELA CORRETA INFORMAÇÃO NA MÍDIA
CHORAMINGUICE E UFANISMO AQUI NÃO PEGA

Congonhas em Ribeirão, Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo)
sem ampliação, sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!


[i] São reclamações comuns nas desapropriações feitas pelo Governo do Estado nas obras do Rodoanel. 

[i] Recentemente, mais uma vez, num voo de Brasília para Congonhas, o comandante solicitou o desembarque voluntário de passageiros porque estava chovendo em Congonhas e a ordem era reduzir o peso da aeronave para um pouso seguro.
[ii] Como os SLLQC insistem em esconder da população que existe um Movimento que exige a construção de um novo aeroporto e uma destinação adequada para o Leite Lopes, eles “atacam” um dos signatários, participante do Movimento, que é a Associação dos Moradores do Jardim Aeroporto.
[iii]http://www.jornalacidade.com.br/noticias/cidades/NOT,2,2,897270,Prefeitura+de+Ribeirao+remove+ultima+favela+na+regiao+do+aeroporto.aspx
[iv] Jornal A Tribuna de 06/11/20013
[v] RRA Relatório de Regularização Ambiental 

domingo, 10 de novembro de 2013

Sugestão de leitura aos SLLQC: Brasil precisará de novos aeroportos nas capitais

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Introdução

Sem nenhuma duvida a renda média do brasileiro está melhorando e, é claro, os mais remediados de antigamwente que se deslocavam em viagem por meio de ônibus passaram a usar o avião como meio de transporte. 

Com isso, o volume de passageiros e, é claro bagagens e mercadorias, tambem aumentaram. Desta forma, um sistema aeroviáro que foi dimensionado apenas para atender às elites do tringulo S, Paulo-Rio-Brasilia, passou a ser mais popular e, dessa forma, entra em colapso. E a frequência já está em 0,9 passageiros por habitante, sendo que apenas há 10 anos atras esse índice era de 0,3 passageitos por habitante. Nos EUA  é de 3 passageiros por habitante.

Sistema dimensionado para atender alguns poucos privilegiados sociais certamente que não suporta a demanda atual e muito menos a futura. Finalmente os péssimos gestores desses serviços, conseguiram entender que era necessário reformular essas politicas de gestão e partir para a construção de novos aeroportos sem que isso signifique a desativação dos já existentes.

Gloriosa conclusão. Deve ter baixado o Santo da Competência e descobriram isso, Aqui em Ribeirão já falamos a esse respeito desde 1995 e continuamos ainda hoje batendo na mesma tecla: se Ribeirão Preto é o centro de uma região metropolitana  pode ser equiparada a uma capital dentro do conceito do artigo abaixo. Por isso insistimos que o Leite Lopes tenha outro uso aeronautico e se construa um novo aeroporto, em local adequado, que possa atender às futuras demandas.

Se supormos o índice de apenas 1 passageiro por habitante, teremos um fluxo de 3 milhões de passageiro/ano  e o Leite Lopes  é incapaz de aguentar essa demanda a menos de ampliação que não é possível de ser feita no atual sitio. Por razões judiciais, socio-ambientais  e também porque fisicamente não tem espaço para isso. SE admitirmos um índe um pouquinho maior, por exemplo 1,3, teriaos uma demanda quase imediata de 4 milhões de passageiros ano.

Acordem SLLQC!  É indispensável a construção imediata de um novo aeroporto. Conseguiram entender ou precisamos de desenhar? Façam um esforço enquanto lêem o artigo.


O país precisará de novos aeroportos no entorno das capitais para atender ao aumento de demanda nos próximos anos. A avaliação é do ministro da Secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt (foto ao lado). Ele citou o caso do Rio Grande do Sul, que poderá ganhar uma nova estrutura aeroportuária, apesar de contar com o Aeroporto Internacional Salgado Filho – Porto Alegre, recentemente duplicado.

Matéria:

Brasil precisará de novos aeroportos nas capitais, diz ministro
07/11/2013   Ed  78




“Nós estamos conversando com o estado desde 2011 e não só com o Rio Grande do Sul, mas em relação à necessidade de outros aeroportos em capitais. A demanda tem crescido muito no país e com isso a nossa infraestrutura dos grandes e médios aeroportos começou a ficar lotada. Nos próximos anos, digamos dez ou 15 anos, vamos precisar desenvolver aeroportos em algumas capitais do país. Tem alguns aeroportos, como é o caso [do Aeroporto Internacional Salgado Filho] de Porto Alegre, que estamos avaliando potenciais locais adequados”, disse Bittencourt.
O ministro disse que Rio e São Paulo não estariam dentro das capitais que demandarão novos aeroportos, mas citou o caso de capitais nordestinas em que as atuais estruturas aeroportuárias não permitem, pela localização, a extensão das pistas. “Nós vamos ter que identificar novos terrenos e planejar a construção e viabilização desses novos aeroportos.”
Bittencourt explicou que a construção de um novo aeroporto, no caso de Porto Alegre ou de outras capitais, não vai significar a desativação ou regionalização do aeroporto antigo. “O aeroporto [Salgado Filho] tem qualificação para ser importante. Se você olhar, existem grandes capitais - e talvez a tendência seja esta - que podem ter mais de um aeroporto. Não é porque tem um que o outro é desativado.”
O ministro disse que a proposta gaúcha foi trazida pelo próprio governo do Rio Grande do Sul, mas não determinou prazo para o início das obras. “Obviamente tem que haver estudo técnico da melhor localização, que envolve a situação do terreno, questão de mobilidade e até de ventos. Estamos avaliando para saber qual a melhor alternativa. Não temos necessidade de decidir tudo este ano, mas se conseguirmos estocar, desenvolver e preservar a área [do futuro aeroporto] será bom.”
O diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, disse que há estimativas de que em apenas cinco anos dobre a movimentação nos aeroportos brasileiros, que hoje é 180 milhões de passageiros embarcados e desembarcados, o que dá uma média de praticamente um bilhete por pessoa, em relação à população.
Segundo ele, há dez anos, a média era apenas 0,3 passageiro por habitante do país, número que passou para 0,6 em 2007 e 0,9 em 2012. Nos Estados Unidos, em nível de comparação, a relação é três passageiros embarcados e desembarcados por habitante. “Nosso mercado cresceu muito nos últimos anos, mas ainda tem espaço para crescer mais”, disse Guaranys.
Durante a operação conjunta, que também teve o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea) e Polícia Federal (PF), foram acompanhados e fiscalizados 1.243 movimentos de aeronaves, com o registro de 3,5% de irregularidades, desde problemas com documentação até falhas em manutenção. As ações ocorreram em sete aeroportos do estado do Rio, envolvendo 220 servidores.

Imprensa – SEESP
Notícia e foto da Agência Brasil


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A OBRIGAÇÃO DE CUMPRIMENTO DA LEI GERA NOVA CHORAMINGUICE NOS SLLQC

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


Abaixo o artigo publicado no jornal  A Tribuna do dia 30/10/2012 e o resumo das principais choraminguices:


a)           Tem trabalhado incansavelmente para ampliar galpões, número de voos, pista e aumentar a capacidade de carga e descarga com o objetivo de que o Leite Lopes se desenvolva;
b)           Empresários e representantes de indústrias de Ribeirão Preto estão preocupados com o andamento das obras do aeroporto;
c)           O GAEMA e a Associação de Moradores do Jardim Aeroporto (leia-se Movimento Pro Novo Aeroporto) querem que a legislação seja cumprida exigindo um Estudo de Impacto Ambiental.

Onde já se viu uma coisa dessas? Exigir o cumprimento da lei e só por causa disso  atrapalhar os negócios?

Representantes do CIESP estiveram na prefeitura e manifestaram a sua preocupação que a elaboração desse Estudo irá atrapalhar os seus negócios impedindo a exportação de seus produtos e logo depois chega o Sindicato dos Metalúrgicos altamente preocupado com o lucro de seus patrões, chegando a afirmar que  Ribeirão Preto pode até perder algumas empresas que estão instaladas no Distrito Industrial.

E como sempre uma daquelas frases bombásticas: “A ampliação do Aeroporto Leite Lopes representa desenvolvimento e geração de emprego e renda para toda nossa região. Agiliza o trabalho das empresas. Dá mais conforto e estrutura aos passageiros. Amplia a capacidade de importação e exportação.”

Dá mais conforto e estrutura aos passageiros! Será? Entrando nos aviões naquelas escadinhas debaixo de chuva é dar mais conforto? Só pode ser brincadeira!

Conforto é o embarque por ponte móvel, prefeita, onde os cadeirantes possam entrar sem serem carregados como se fossem embrulhos. Os passageiros merecem respeito. E isso não dá para fazer no Leite Lopes, só num aeroporto novo especialmente projetado para isso.

Amplia a capacidade de importação e exportação. De quê? Todos os estudos que foram feitos são unanimes em não citarem quais são os produtos de exportação via aérea. Deve ser por esquecimento ou porque tem muito pouca coisa para exportar que seja em quantidade suficiente para encher um avião cargueiro.

E tanto assim é que essa ampliação pretendida (que está proibida pela justiça) não permite o uso desse tipo de aeronave porque, mesmo assim, a  pista continuará curta demais e não permite a decolagem a carga paga plena. Ou seja, com essa ampliação ou sem ela, o Leite Lopes continuará sendo um aeroporto cargueiro meia boca.

No outro dia, os representantes da CIESP foram até à prefeitura se queixarem que deixaram de  faturar um bilhão de Reais, por falta de meios de exportação.

Não há motivo para tanta bobagem. No km 312, bem pertinho do Leite Lopes, existe um porto seco[i], alfandegado, desde 1999. A movimentação de cargas  não passou de 4 milhões de Reais!

Portanto, não há desculpas para justificarem a “perda” de oportunidades de negócios. Nem o sindicato dos metalúrgicos precisaria de se rebaixar ao ponto que chegaram para defenderem o indefensável: a ampliação do Leite Lopes em lugar de se construir um novo aeroporto, decente e apropriado para a região.

A propósito: tudo o que se fala de valorização dos mercados regionais com a tal ampliação do Leite Lopes poderá ocorrer com um novo aeroporto.

E  o que existe para ser exportado: segundo o estudo constante no Relatório de Regularização Ambiental que o DAESP insiste em fazer no lugar do EIA-RIMA, temos: Em Ribeirão Preto, os serviços com maior demanda da EADI são para as importações. Já as exportações apresentam algumas restrições em relação aos atestados emitidos pela EADI. Devido ao fato de a maioria dos produtos exportados por Ribeirão Preto e região serem a granel [...]

Logo, o Leite Lopes não será um aeroporto exportador e muito menos exportador de produtos a granel (etanol, açúcar...) que são exportados via porto de Santos, mas sim importador e, neste caso, concorrentes ao mercado industrial local e  potenciais geradores de desemprego de metalúrgicos.

Só um novo aeroporto poderá ser exportador de verdade e, nesse caso, beneficiar a categoria dos metalúrgicos.

Outra afirmação bombástica: “Há um cronograma a ser cumprido. Os empresários, os passageiros e a população contam com o cumprimento da das datas e com a agilização das obras.”

Os empresários – e apenas aqueles beneficiados por um aeroporto importador – podem estar ansiosos pelas obras de ampliação.

A população de Ribeirão Preto afirma que quer um aeroporto novo, haja visto as assinaturas de dezenas de abaixo assinados que já foram entregues na prefeitura nesse sentido.

E quanto às obras que beneficiem os passageiros e que cita especificamente “É preciso melhorar a estrutura para os taxistas com cobertura e um corredor coberto para que os passageiros não precisem se molhar.“ não tem nada a ver com as obras de ampliação.

Na  verdade já deveriam ter sido feitas se a prefeitura e o DAESP tivessem respeito pelos taxistas, pelos passageiros e por Ribeirão Preto porque essa melhoria só depende de Alvará da prefeitura e da  vontade do DAESP em fazê-la.

Só para terminar. Quando a prefeita insiste na posição de que “Durante todo esse tempo vou cobrar pelo cumprimento do cronograma das obras.” deveria, isso sim, exigir que seja cumprida a legislação e se discuta essa ampliação (que está judicialmente impedida) através de estudos adequados.

Deveria tomar  essa atitude por dois motivos básicos: primeiro porque é uma cidadã que deve exigir o melhor para a sua cidade, segundo porque sendo uma representante do Estado deveria exigir o cumprimento de lei por obrigação funcional e de oficio.

Quando um pretenso aeroporto internacional de cargas não disporá de pista com comprimento adequado para o uso de aeronaves cargueiros, quando não existem cargas em volume tal que o justifiquem e quando permanecem nessa lenga-lenga em lugar de se construir outro, novo, mais barato, fora da área urbana, onde possa ser construída a cidade aeroportuária, sem causar danos sócio-ambientais, somos levados a pensar no que poderá existir por trás desse interesse na ampliação do Leite Lopes.

Afinal,  esse  novo aeroporto já teve tempo mais que suficiente de ser construído e entrado em operação se não fosse a insistência pela ampliação.




[i] EADI (Estação Aduaneira do Interior)

domingo, 3 de novembro de 2013

O Movimento Responde: Internauta defende um novo Congonhas para Ribeirão


Mario I    .    1 de novembro de 2013 18:33

Gente, vamos acabar com esse trauma coletivo bovino de que Congonhas é um entrave, é um "elefante branco" dentro da metrópole e que o túnel a ser construído sob a pista do Leite lopes vai ser um perigo principalmente a noite.
Perguntem a qualquer Paulista se eles preferem pegar um avião em Congonhas ou em Guarulhos ? Perguntem se o aeroporto de Congonhas é um transtorno a todos os passageiros que chegam ou que saem dele pela sua localização? Perguntem a todos se o túnel construído na lateral do aeroporto é perigoso a noite ?
Vejam se as companhias aéreas tem alguma reclamação a fazer ?Pelo contrário, estão sempre reivindicando mais espaço e novos planos de vôos. Quem mora ao lado do aeroporto já se acostumou e não quer sair, sabem também que ele tem restrição de operação depois de certa hora da noite.
Um terminal aéreo, numa grande metrópole, bem localizado é tudo que o Paulista quer, porque ele principalmente é prático e porque consequentemente traz grande contribuição a todos que não tem tempo a perder.
Sim ... vão dizer : "mas é inseguro e perigoso ! "
Pergunto: Aonde, hoje em dia tem algum lugar seguro nas nossas cidades ?
Finalmente, 80% dos aeroportos no MUNDO encontram-se em zona urbana e nem por isso eles são discriminados e rejeitados; só por aqui mesmo onde ainda existem meia duzia de caipiras com medo desse monstro que avoa ...

_____________________________________________________________________

Pois é caro Mario. Segundo sua frase de ordem nada melhor que um Congonhas na orelha, ao que já está todo o mundo acostumado e curtindo. Falta perguntar ao pessoal do AMEA (Associação da Moradores) se isso é verdadeiro ou não.

Também quiseram ampliar a pista  sobre a Av. Bandeirantes mas a resposta da comunidade foi a simples palavra NÃO! E o judiciário concordou!

Que chato, quando as nossas utopias não se enquadram na realidade.

lembra também quantas vezes, depois do homicídio de 199 pessoas em 2007, aviões de passageiros com destino a Congonhas partindo de Rio Preto (2008) ou de Brasília (mês passado) receberam o pedido do piloto para desembarcar um certo número de passageiros porque estava chovendo em Congonhas e era necessário aliviar o peso para que fosse possível pousar com segurança.
 
Seguindo seu conceito de um aeroporto igual ao de Congonhas, quem  precisa de emoções fortes?  É um excelente equipamento, sem igual e que todo o mundo prefere porque é de acessibilidade mais rápida ao centro da cidade.  Ao cemitério também.

E se no mundo inteiro tem muito aeroporto em área urbana, o que é que Ribeirão Preto tem a ver com isso? Só porque eles não têm noção de responsabilidade ou têm falta de espaço, temos que ser tão burros quanto eles, que deixaram que isso acontecesse?

Miremos os bons exemplos mesmo que poucos  e Vamos para o aeroporto novo que Ribeirão precisa e merece. Que a iniciativa em Ribeirão Preto  também sirva de exemplo para  outras cidades  e que as  suas populações sejam incentivadas para  enfrentar o poder publico e o poder econômico e exigir: se Ribeirão Preto fez um novo aeroporto, nós também podemos e queremos!

O Núcleo Gestor


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Projeto de Ampliação sofre nova mudança: retorno do tal Túnel por sob a Av. Thomaz A. Whatelly.

Saiu no Jornal A Cidade:

Licitação deve atrasar cronograma no Leite Lopes
A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) abriu nesta sexta-feira (25) licitação para complementar o projeto executivo do túnel da avenida Thomaz Alberto Whately, A abertura dos envelopes vai ocorrer no dia 27 de novembro. A assinatura do contrato ocorre cinco dias depois e o serviço deverá ser prestado em 60 dias.Com isso, o complemento do projeto executivo deve ser entregue apenas em fevereiro de 2014...
Licitação
De acordo com o edital da licitação, a empresa vencedora terá que prestar “serviços técnicos especializados para elaboração do detalhamento executivo de projetos para sistema de monitoramento, instalações e proteção, da passagem inferior a ser executada sob o deslocamento das pistas do Leite Lopes”. O trabalho está orçado em R$ 276 mil. O túnel tem a extensão aproximada de 500 metros...
Projeto é alvo de inúmeras polêmicas
A ampliação da pista do Leite Lopes nem saiu do papel, mas já causa inúmeras polêmicas. O Ministério Público cobra na Justiça o cumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), firmado em 2008, quando a prefeitura e o Daesp se comprometeram a não ampliar a pista do aeroporto.
Até agora, porém, o Ministério Público (MP) teve duas liminares negadas em primeira instância. O promotor de Habitação e Urbanismo, Antonio Alberto Machado, promete tomar providências devido à confirmação da construção do túnel.
“Vamos analisar essa licitação e, se for o caso, enviar um requerimento ao juiz pedindo uma reavaliação da liminar de execução do TAC”, explicou o representante do MP


Saiu no Gazeta de Ribeirão

CRÍTICAS

O professor do Moura Lacerda e especialista em trânsito e transporte Luimar Heck Paes Leme disse que, apesar de ser contra a ampliação do Aeroporto Leite Lopes, aprovou a mudança do desvio para o viaduto na Thomaz Alberto Whatelly. “Com certeza é mais seguro para os motoristas, e mais confortável também para quem já é acostumado a trafegar pelo local.”

Ele afirmou, no entanto, que as obras são mais um indicativo de que o aeroporto não deveria estar onde está. “Primeiro é família que precisa ser removida, depois é obra viária. É uma bola de neve, nunca vão parar (as obras de adequação no aeroporto). Em dez anos o Leite Lopes vai ser nosso Congonhas”, afirmou, referindo-se ao terminal imerso na mancha urbana da capital paulista.

O mesmo pensam os integrantes do Movimento Pró Novo Aeroporto, que defendem a construção de um terminal em um novo local para Ribeirão. Um post no blog do movimento, de janeiro de 2011, já criticava a ideia de um viaduto na pista. Segundo o texto, a construção criaria um túnel de mais de 300 metros na Thomaz Alberto Whatelly, o que tornaria o ambiente inseguro, principalmente à noite.